O estudo, publicado na revista especializada "Journal of Applied Psychology", sugere que, de forma sistemática, esses homens têm salários maiores do que funcionários com "pensamentos modernos".
Em média, segundo os cientistas, a diferença salarial é equivalente a US$ 8,5 mil (cerca de R$ 15,5 mil) a mais por ano.
A pesquisa foi conduzida em larga escala com entrevistas de 12.686 homens e mulheres em 1979, quando tinham entre 14 e 22 anos, e outras três entrevistas nas duas décadas seguintes - a última em 2005.
"Pessoas mais tradicionais podem estar tentando preservar a separação histórica de papeis no trabalho e em casa", diz Timothy Judge, um dos pesquisadores. "Nossos resultados provam que este é o caso."
Entrevistas
Nas entrevistas realizadas desde 1979, os pesquisadores perguntaram se homens e mulheres acreditavam que o lugar da mulher era em casa ou se ter mulheres trabalhando poderia levar a aumentos nas taxas de delinquência juvenil.
De forma previsível, mais homens concordavam com isso do que mulheres, apesar de a diferença entre os géneros ter diminuído de forma significativa com o passar do tempo.
Mas, quando os homens eram perguntados sobre seus salários, outra diferença surgiu. Os homens com opiniões mais "tradicionais" ganhavam mais.
Inversamente, as mulheres que tinham uma opinião contrária ganhavam um pouco mais - uma média de US$ 1,5 mil (cerca de R$ 2,7 mil) - do que mulheres de opiniões mais "tradicionais".
Magdalena Zawisza, psicóloga da Universidade de Winchester, na Grã-Bretanha, afirma que existem várias teorias que podem explicar a diferença.
"Pode ser que homens mais tradicionais sejam mais interessados em poder, em termos de acesso a recursos - no caso, dinheiro - e também em termos de uma mulher mais submissa", afirmou.
"Outra teoria sugere que os empregadores tendem a promover homens que são os únicos provedores da casa - eles reconhecem que estes homens precisam de mais apoio para suas famílias", acrescentou.
(Ler original aqui)
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