15 de nov. de 2008

Bebés De Seis Meses Já Sabem Avaliar Quem é Boa Pessoa

Divulgação
Eles podem não saber andar nem falar, mas já sabem reconhecer quem é gente boa. Bebés de até seis meses de idade já são capazes de separar pessoas que ajudam os outros daquelas que atrapalham, de acordo com um estudo americano.

E, como esperado, elas preferem ficar mais perto das pessoas que consideram mais boazinhas. Se fosse uma mãe ou um pai dizendo isso, você provavelmente não levaria a sério, mas é verdade: os pequenos têm muito mais traquejo social do que a maioria das pessoas imagina. E a pesquisadora Kiley Hamlin, da Universidade Yale, nos Estados Unidos, comprova -- usando apenas um teatro de bonecos.

A cientista verificou que mesmo crianças muito pequenas, entre seis e dez meses de idade, já conseguem julgar a bondade alheia, mesmo em situações que não tem nada a ver com elas. Depois da apresentação dos bonecos, as crianças mostraram muito mais carinho pelos personagens “bonzinhos” do que pelos "malvados", ou mesmo do que pelos que mantiveram a neutralidade.

A descoberta indica que nossa capacidade de avaliar os outros está “embutida” na nossa cabeça, por ser essencial para a sobrevivência. “A habilidade de discernir aqueles que podem fazer mal a você daqueles que podem ajudá-lo é essencial para existir em sociedade”, afirmou Hamlin ao G1. “Nossos resultados mostram essa capacidade em crianças muito jovens para terem sido ensinadas”, explica.

Na experiência, Hamlin preparou um teatro de bonecos de premissa bastante simples. Um boneco se esforçava para tentar escalar uma montanha. Outro boneco o ajudava, o empurrando para cima. Um terceiro atrapalhava, jogando-o para baixo. Após a apresentação, “bonzinho” e “malvado” foram apresentados à plateia. Quase todos os bebés preferiram brincar com o boneco que ajudava o outro na peça.

Curiosamente, nas vezes que o mesmo show foi apresentado com bonecos que não tinham olhos, o efeito foi bem mais fraco. Para Hamlin, isso significa que os bebés vêem os brinquedos como personagens. Em um segundo teatro, o mesmo boneco aparecia fazendo amizade ou com o que ajudava, ou com o que atrapalhava. De acordo com a pesquisadora, os bebés mais velhos se mostraram surpresos, observando atentamente, quando o personagem parecia ficar amigo de quem o atrapalhou -- o que indica que eles são capazes de fazer conclusões complexas a respeito da interacção social dos outros.

Não subestime o bebê Para Hamlin, seu estudo significa que não se pode minimizar a inteligência dos pequenos. “Bebés têm um sistema de avaliação bem avançado que não precisa de muita ajuda externa para se desenvolver”, diz ela. “Obviamente, os bebés aprenderam bastante antes dos seis meses de idade, mas é muito improvável que alguém os tenha ensinado explicitamente qualquer coisa que pudesse ter ajudado a resolver essas tarefas”, afirma. Agora, a pesquisadora quer verificar se bebés ainda mais novos são capazes de fazer a mesma coisa, para tentar descobrir quando desenvolvemos a capacidade de avaliar os outros.

Seus resultados foram publicados na revista "Nature" desta semana.

(Ler original Aqui)

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Emotional intelligence Type of intelligence defined as the abilities to perceive, appraise, and express emotions accurately and appropriately, to use emotions to facilitate thinking, to understand and analyze emotions, to use emotional knowledge effectively, and to regulate one's emotions to promote both emotional and intellectual growth.

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Conceito de Mãe: Apesar de algumas competências exigidas a uma “mãe”, para criar e/ou educar uma criança, se relacionarem com a vertente biológica, a maior parte delas são desenvolvidas por aprendizagem social. Assim, quando falamos em “mãe”, não estamos propriamente a referir-nos à mulher que dá à luz, mas sim a um adulto significativo possuidor das competências necessárias para cuidar de um bebé e que, dispondo de tempo para dedicar à criança, se mostra capaz de lhe proporcionar experiências positivas, estimulantes, e de lhe dispensar a atenção e o afecto necessários, de forma a possibilitar o desenvolvimento das suas potencialidades.

J. S., n.º14, 12º ano CAD