20 de out. de 2011

Crianças não devem ver televisão até aos dois anos


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Um estudo da Academia Americana de Pediatria concluiu que ver televisão não traz qualquer benefício à educação de crianças com menos de dois anos. Os investigadores alertam os pais para a necessidade de limitarem o tempo que os filhos passam em frente ao ecrã, e incentivarem a interação das crianças com outras pessoas.


Em 1999, a associação médica norte-americana já tinha alertado para a mesma questão, tendo publicado um primeiro estudo que desencorajava por completo o consumo televisivo por menores de dois anos. A posição radical suscitou na altura a indignação tanto dos responsáveis pela indústria do entretenimento como das próprias associações de pais. O argumento era o mesmo: "hoje em dia é impossível". 12 anos e muitas novas tecnologias depois, os estudos foram reformulados e adaptados à realidade do século XXI.

"Sentimos que estava na altura de voltar a este assunto porque os ecrãs de televisão hoje em dia estão por todo o lado, e esta mensagem é muito mais relevante hoje do que era há uma década", afirma o pediatra Ari Brown. "Entre televisores, computadores, iPads e smartphones, as casas podem chegar a ter mais de 10 ecrãs", sublinha Brown.

As Privilegiar a linguagem humana

Recomendações dos pediatras são agora um pouco menos extremistas, mas ainda assim cautelosas: a televisão até pode estimular a aprendizagem, mas só em crianças com idade superior a dois anos. O psicólogo norte-americano Georgene Troseth revela que, contrariamente às crianças em idade escolar, os bebés "não fazem ideia do que está a acontecer" quando vêm televisão, porque não tem capacidades mentais para tal.

Investigações recentes comprovam que é a interação com pessoas e objetos o principal motor do processo de aprendizagem das crianças. A professora de psicologia Kathryn Hirsh-Pasek explica que "quanto mais linguagem humana for recebida, maior será a capacidade da criança para produzi-la e compreendê-la mais tarde".

Televisões fora do quarto

A prática cada vez mais comum de ter um televisor em cada divisão da casa, e em especial no quarto da criança, é outra questão que preocupa os académicos, ao mesmo tempo que avisam os adultos para moderarem o seu próprio consumo de conteúdos televisivos - um mau exemplo para os filhos e uma significativa diminuição do tempo passado com as crianças. A simples rotina de deixar a televisão sempre ligada como "ruído de fundo" pode prejudicar o desenvolvimento infantil, por ser inevitavelmente uma distração tanto para os filhos como para os pais. "Sabemos que do contacto com os media pode advir algum conhecimento, mas é mais reduzido e demora muito mais tempo", refere Georgene Troseth.

A Academia Americana de Pediatria alerta que por cada hora que uma criança passa em frente ao ecrã, perde cerca de 50 minutos de interação com os pais, e sugere que os médicos recomendem às famílias que instituam um limite para o tempo passado na companhia da televisão, naquilo a que chamam de "dieta dos media".




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Emotional intelligence Type of intelligence defined as the abilities to perceive, appraise, and express emotions accurately and appropriately, to use emotions to facilitate thinking, to understand and analyze emotions, to use emotional knowledge effectively, and to regulate one's emotions to promote both emotional and intellectual growth.

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Conceito de Mãe: Apesar de algumas competências exigidas a uma “mãe”, para criar e/ou educar uma criança, se relacionarem com a vertente biológica, a maior parte delas são desenvolvidas por aprendizagem social. Assim, quando falamos em “mãe”, não estamos propriamente a referir-nos à mulher que dá à luz, mas sim a um adulto significativo possuidor das competências necessárias para cuidar de um bebé e que, dispondo de tempo para dedicar à criança, se mostra capaz de lhe proporcionar experiências positivas, estimulantes, e de lhe dispensar a atenção e o afecto necessários, de forma a possibilitar o desenvolvimento das suas potencialidades.

J. S., n.º14, 12º ano CAD