21 de jul. de 2009

Camões, exemplo de consciência nacional depressiva?

A depressão é uma experiência muito comum. Qualquer pessoa passa por fases em que se sente farta, triste ou profundamente infeliz e, apesar de habitualmente a razão para tais sentimentos ser óbvia - uma desilusão, uma frustração, a perda de algo ou alguém importante - nem sempre isso sucede; por vezes, estamos simplesmente de "mau humor", "acordámos mal dispostos" ou algo do género mas não sabemos de facto o que se passa connosco.

A depressão pode ser tão grave que não nos parece sequer haver qualquer razão para viver e nestes casos a pessoa percebe e sente que não está a continuar a conseguir lidar com as coisas como costumava. Algumas pessoas pensam que já não há nada a fazer, mas o facto é que a depressão é uma doença e é absolutamente necessário tratá-la. Não se trata de um sinal de fraqueza - mesmo as personalidades mais fortes passam por ela.

Tal como acontece com aqueles pequenos episódios depressivos pelos quais todos passamos a dada altura das nossas vidas, por vezes sabemos perfeitamente porque estamos deprimidos e por vezes não. Uma doença, um luto, preocupações financeiras, problemas familiares, etc., podem todos eles levar a um período de depressão. Mas, ao contrário dos pequenos episódios depressivos que todos nós experienciamos, com a perturbação depressiva propriamente dita as sensações de tristeza, desmotivação, apatia e solidão são mais intensas e subsistem durante muito mais tempo - meses, em vez de dias ou semanas. (ler original aqui)


Sintomas

  • sentimentos de tristeza que subsistem ao longo do tempo
  • perca de interesse pela vida
  • tornar-se incapaz de obter prazer seja com que actividade for
  • tornar-se extremamente difícil tomar uma decisão, por mais simples que seja
  • sentir-se exausto sem razão aparente
  • sentir-se nervoso e agitado
  • perder peso e apetite (algumas pessoas ganham peso)
  • dificuldades de sono
  • acordar mais cedo do que o habitual
  • perder a auto-confiança
  • sentir-se um incapaz, inadequado e sem remédio
  • evitar os outros
  • sentir-se irritado
  • sentir-se pior numa dada altura do dia, habitualmente de manhã
  • pensar no suicídio


Camões deprimido?!

O dia em que eu nasci, morra e pereça,
Não o queira jamais o tempo dar,
Não torne mais ao mundo e, se tornar,
Eclipse nesse passo o sol padeça.

A luz lhe falte, o sol se lhe escureça,
Mostre o mundo sinais de se acabar,
Nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar,
A mãe ao próprio filho não conheça.

As pessoas pasmadas, de ignorantes,
As lágrimas no rosto, a cor perdida,
Cuidem que o mundo já se destruiu.

Ó gente temerosa, não te espantes,
Que este dia deitou ao mundo a vida
Mais desgraçada que jamais se viu!

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Emotional intelligence Type of intelligence defined as the abilities to perceive, appraise, and express emotions accurately and appropriately, to use emotions to facilitate thinking, to understand and analyze emotions, to use emotional knowledge effectively, and to regulate one's emotions to promote both emotional and intellectual growth.

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Conceito de Mãe: Apesar de algumas competências exigidas a uma “mãe”, para criar e/ou educar uma criança, se relacionarem com a vertente biológica, a maior parte delas são desenvolvidas por aprendizagem social. Assim, quando falamos em “mãe”, não estamos propriamente a referir-nos à mulher que dá à luz, mas sim a um adulto significativo possuidor das competências necessárias para cuidar de um bebé e que, dispondo de tempo para dedicar à criança, se mostra capaz de lhe proporcionar experiências positivas, estimulantes, e de lhe dispensar a atenção e o afecto necessários, de forma a possibilitar o desenvolvimento das suas potencialidades.

J. S., n.º14, 12º ano CAD