11 de jun. de 2008

Lago Vostok

O Lago Vostok é uma massa de água sub-glacial localizada na Antártida, por baixo da Estação Vostok, um centro de investigação dirigido pela Rússia. Este lago permaneceu desconhecido durante muito tempo, graças ao seu peculiar enquadramento geográfico e permanece como uma das últimas zonas por explorar do planeta Terra. Só em 1996 se descobriu a sua verdadeira extensão.

O lago Vostok tem uma forma elíptica com 250 km de comprimento e 40 km de largura cobrindo uma área de 14,000 km2. O seu fundo é irregular e divide-se em duas bacias, a mais profunda com cerca de 800 m e a outra com 200 m.

Calcula-se que o lago contenha um volume de 5,400 km3 de água doce. Está totalmente protegido da atmosfera e outros contactos com o exterior por uma espessura de 4 km de gelo antártico. O tempo de residência da água no Lago Vostok é cerca de 1 milhão de anos; por comparação, no Lago Ontário (de dimensões semelhantes) este valor é de seis anos. Este facto leva a que o ambiente químico do lago seja extremamente oxidante, com concentrações de oxigénio 50 vezes superiores ao lagos normais.

O gelo que se encontra na zona entre o lago e os em média 100 metros subsequentes é conhecido por gelo acreccionário que se crê ser derivado do congelamento da água do próprio lago. Esta característica faz desta zona uma potencial amostra do que se encontra por baixo e é, até à data, o único local colhido para amostragem. A espessura de gelo acreccionário aumenta de Sul para Norte, de acordo com o fluxo do gelo no sentido do Oceano Índico.

Ver mais aqui e aqui

Extremófilo

Extremófilo é o organismo que consegue sobreviver ou até necessita fisicamente de condições geoquímicas extremas, prejudiciais à maioria das outras formas de vida na Terra.

Vivem, portanto, em ambientes inóspitos onde outros seres vivos não teriam hipótese de manter-se. Mas as características desses micro-organismos já se revelaram úteis, por exemplo, nas indústrias farmacológica, alimentar e de detergentes.

Há extremófilos que têm como habitat as regiões vulcânicas ou as fossas abissais submarinas, a temperaturas na ordem dos 80 ou 100 graus centígrados, o máximo até 140. Neste caso, quem trabalha com eles nos laboratórios designa-os também por hipertermófilos, para os distinguir bem dos psicrófilos, outros micro-organismos que se desenvolvem em condições extremas, mas a baixas temperaturas.

Nisto do conjunto dos extremófilos, a Natureza tem também outras originalidades, como as dos acidófilos e dos alcalófilos, adaptados a meios ácidos (entre pH 0,2 e 4), ou alcalinos (acima de pH 9). Existem ainda os halófilos, que subsistem em meios com salininidade muito elevada (até 30% de sal).


(ler resto aqui)

1 de jun. de 2008

O que os bebês querem e do que precisam

Se você me pedisse para pegar um bebê de seis meses e escolher entre quebrar todos os seus ossos e ignorá-lo emocionalmente durante dois meses, diria que o bebê estaria em melhores condições se todos os seus ossos fossem quebrados.

D
esde o nascimento, o recém-nascido precisa de cuidados amorosos, o que inclui afagos e o contacto pele com pele. Alguns médicos acreditam que as primeiras 12 horas de vida são fundamentais. Comentam que, logo após o parto, o que a mãe e o bebê mais precisam e querem “não é dormir nem comer, mas receber carinho e abraços, e se olhar e escutar um ao outro”.* Instintivamente, os pais seguram o bebê no colo, abraçam, afagam e acalentam-no.

O bebê, por sua vez, sente-se confiante e achegado a seus pais, e reage à atenção recebida. O poder desse vínculo é tão forte que os pais farão quaisquer sacrifícios para cuidar do bebê ininterruptamente, se for preciso. Por outro lado, sem o amoroso vínculo com os pais, o bebê pode literalmente definhar e morrer. Portanto, alguns médicos acham importante que, após o parto, o recém-nascido seja entregue imediatamente à mãe e fique com ela de 30 a 60 minutos, pelo menos.

Apesar de ser considerado extremamente necessário logo após o parto, alguns hospitais não facilitam o vínculo afetivo imediato entre mãe e bebê, tornando-o às vezes difícil ou quase impossível. É comum acontecer de bebês serem separados da mãe por causa do perigo de contaminação com infecções. Há indícios, porém, de que a taxa de infecções letais pode na verdade cair quando o bebê fica com a mãe. É por isso que cada vez mais hospitais estão se convencendo da necessidade de haver contacto prolongado entre mãe e bebê, logo após o parto.

Preocupações com o vínculo afectivo

Algumas mães não se sentem emocionalmente apegadas ao bebê logo na primeira vez que o vêem. Por isso, elas talvez se perguntem se terão problemas em criar o vínculo afectivo. Há realmente casos de mães que não sentiram amor à primeira vista por seus filhos. Mas não há razão para se preocupar. Mesmo quando a afeição maternal chega um pouco depois, ainda assim é possível desenvolvê-la plenamente mais tarde. “Não acontece nada durante o parto que determine se você vai ser bem-sucedida ou vai fracassar no relacionamento com seu filho”, observa uma mãe experiente. Mesmo assim, se você estiver grávida e está apreensiva, seria recomendável conversar antecipadamente com seu obstetra. Seja objectiva ao falar sobre quando e quanto tempo quer ficar com seu bebê no processo do vínculo afectivo, após o parto.

“Conversa comigo!”

Parece haver certos períodos em que bebês e crianças pequenas estão especialmente receptivos a estímulos específicos. Depois de algum tempo, esses períodos se encerram. Por exemplo, o cérebro infantil domina um idioma com facilidade, até mais que um, mas parece que o período mais propício para o aprendizado de idiomas é até os cinco anos de idade. A partir da puberdade — que pode variar dos 12 a 14 anos —, aprender um idioma pode ser uma tarefa muito desafiadora.

Segundo o neurologista pediátrico Peter Huttenlocher, isso acontece porque a partir dessa faixa etária “diminui a densidade e o número de sinapses nas áreas lingüísticas do cérebro”. Fica claro, então, que os primeiros anos de vida são fundamentais para se adquirir habilidades lingüísticas! Como as crianças pequenas conseguem a façanha de aprender a falar, tão importante para seu desenvolvimento cognitivo? Em primeiro lugar, quando interagem verbalmente com os pais. As crianças reagem em especial a estímulos provenientes de humanos.

“O bebê . . . imita a voz da mãe”, observa Barry Arons, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, EUA. É interessante que os bebês, no entanto, não imitam todos os sons. Segundo Arons, o bebê “não assimila o rangido do berço, que ocorreu simultaneamente com a fala da mãe”. Pais com diferentes formações culturais falam com seus bebês usando o mesmo estilo melodioso, que alguns chamam de “mamanhês”. Quando os pais falam de maneira amorosa, a frequência cardíaca da criança aumenta. Acredita-se que isso contribua para acelerar a correlação entre as palavras e os objectos que representam. Sem dizer uma palavra, o bebê está transmitindo o seguinte: “Conversa comigo!”

“Olha para mim!”

Já ficou comprovado que no primeiro ano o bebê apega-se emocionalmente ao adulto que cuida dele, geralmente a mãe. Na verdade, o bebê, cujo vínculo afetivo está bem estabelecido, se relaciona melhor com outros do que os bebês que ainda não se sentem seguros em seu vínculo afetivo com os pais. Acredita-se que esse vínculo com a mãe tem de estar estabelecido quando a criança atinge três anos de idade. O que pode acontecer caso um bebê seja ignorado no período em que o cérebro está mais receptivo a influências externas? Martha Farrell Erickson, que acompanhou o caso de 267 mães e seus filhos por mais de 20 anos, deu sua opinião a respeito disso: “A negligência vagarosa e persistente corrói o entusiasmo e a energia da criança a ponto de deixá-la com pouquíssima vontade de interagir com outros ou de explorar o mundo.”

Para ilustrar seu conceito sobre as sérias consequências da negligência emocional, o Dr. Bruce Perry, do Hospital Infantil do Texas, comenta: “Se você me pedisse para pegar um bebê de seis meses e escolher entre quebrar todos os seus ossos e ignorá-lo emocionalmente durante dois meses, diria que o bebê estaria em melhores condições se todos os seus ossos fossem quebrados.” Por quê? Na opinião do Dr. Perry, “os ossos podem colar outra vez, mas se uma criança não tiver o adequado estímulo mental por dois meses, isso causará desorganização cerebral permanente”. Nem todos concordam que essa lesão é irreparável.

Mesmo assim, estudos científicos indicam que ambientes onde o estímulo emocional é favorecido contribuem muito para o desenvolvimento cerebral da criança. “Em suma”, diz o livro Infants (Bebês), “[eles] estão preparados para amar e ser amados”. Quando uma criancinha chora, na verdade está quase sempre implorando a seus pais: “Olha para mim!” É importante que os pais a atendam de maneira carinhosa. Por meio dessa interatividade, o bebê torna-se consciente de que é capaz de transmitir suas necessidades a outros. Ele está aprendendo a se relacionar com outras pessoas.


Biblioteca do Blog

Como Estudar

Ver vídeo aqui

Lições de Ética

ver vídeo aqui e aqui

Autismo

Ver vídeo (foolish Wise ones) aqui e aqui

Léxico de Psi.

Emotional intelligence Type of intelligence defined as the abilities to perceive, appraise, and express emotions accurately and appropriately, to use emotions to facilitate thinking, to understand and analyze emotions, to use emotional knowledge effectively, and to regulate one's emotions to promote both emotional and intellectual growth.

Glossário de Psicologia Clicar aqui

Conceito de Mãe: Apesar de algumas competências exigidas a uma “mãe”, para criar e/ou educar uma criança, se relacionarem com a vertente biológica, a maior parte delas são desenvolvidas por aprendizagem social. Assim, quando falamos em “mãe”, não estamos propriamente a referir-nos à mulher que dá à luz, mas sim a um adulto significativo possuidor das competências necessárias para cuidar de um bebé e que, dispondo de tempo para dedicar à criança, se mostra capaz de lhe proporcionar experiências positivas, estimulantes, e de lhe dispensar a atenção e o afecto necessários, de forma a possibilitar o desenvolvimento das suas potencialidades.

J. S., n.º14, 12º ano CAD